Ao longo do ano Parlamento dos Jovens 3º Ciclo
Ao longo do ano Concurso de Leitura Todos os alunos
Ao longo do ano Torneios de futsal, voleibol e andebol 2º e 3º ciclo
7 a 13 de outubro Semana do espaço - palestra 7º ano
7 a 13 de outubro Comemoração do Dia Mundial da Saúde Mental Comunidade educativa
15 de outubro
(condicionado às condições climatéricas) - cancelado T3 – dia de reflexão Vila Nova de Paiva
Tempo de parar, refletir e conviver 4º ano, 2º e 3º ciclos
16 de outubro - 4º feira Dia Mundial da Alimentação Comunidade educativa
23 de outubro “No Pens Day” 1º ciclo
23 de outubro Formação – Academia Ponto Verde 7ºAno
28 de outubro – 14:30 Dia do Colégio – tomada de posse Delegados e Subdelegados de Turma Comunidade Educativa
31 de outubro Halloween 1º ciclo
8 de novembro “Noite Centenária”
• 18h00 – Eucaristia de Ação de Graças
• 19h30 – Jantar partilhado
• 21h00 – Gala “Noite Centenária”, apresentada pelos nossos alunos e professores, com a participação especial do cantor e compositor André Sardet
• 22h00 – Dão de Honra Comunidade Educativa
Até 11 de novembro Concurso de Quadras de São Martinho Todos os ciclos
11 de novembro Magusto 14:30 - 1º ciclo
16:00 - 2º e 3º ciclos
21 de novembro Peça de teatro “Auto da Barca do Inferno" 9º Ano
23 de novembro Festa da Palavra 4º Ano
13 de dezembro Antestreia Peça de Natal Jardins de Infância e Lares/Centros de Dia
14 de dezembro Festa de Natal - Auto de Natal
“O Natal dos 100 anos”
(no pavilhão multiusos de Viseu)
Comunidade Educativa
16 de dezembro Celebração Penitencial do Advento Do 4º ao 9º ano
17 de dezembro Eucaristia de Natal - 9:30 Comunidade Educativa
21 de dezembro Concerto de Natal do Município Musicorum
Janeiro
6 a 17 de janeiro Concurso de fotografias Tema: Reinterpretação de Quadros ciclos 1º e 2º ciclos
9 de janeiro Cantar as Janeiras 1º ano
23 de janeiro Sessão de Interioridade Pais
26 de janeiro Dinamização Eucaristia dominical 7º/8º 7º e 8º anos e famílias
6 a 17 de janeiro Concurso de fotografias Tema: Reinterpretação de Quadros ciclos 1º e 2º ciclos
9 de janeiro Cantar as Janeiras 1º ano
23 de janeiro Sessão de Interioridade Pais
26 de janeiro Dinamização Eucaristia dominical 7º/8º 7º e 8º anos e famílias
1 de fevereiro Festa da Luz 1º ano e famílias
3 de fevereiro La Chandeleur 1º, 2º e 3º Ciclos
28 de fevereiro Desfile de Carnaval 1ºCiclo
23 de fevereiro Dinamização Eucaristia Dominical 2º ciclo e famílias
10 a 14 de março Ação de Formação: “Suporte Básico de Vida” 9º ano
11 de março Eucaristia em memória de Santa Paula Comunidade Educativa
14 de março - 6º feira Dia do Pi e Dia Internacional da Matemática 2º e 3º ciclos
15 de março Festa do Pai Nosso 2º ano e famílias
22 de março Dia aberto Novos Alunos 1º ano
24-25 Novas alunos e famílias
17 a 21 de março Feira do Livro Comunidade Educativa
27 de março Visita de estudo Todos os ciclos
28 de março Peça de Teatro “Os Lusíadas” 9º Ano
31 de março Celebração penitencial Do 4º ao 9º ano
4 de abril Eucaristia de Bênção de Ramos Comunidade Educativa
24 de abril Visita Pascal dinamizada pelo 2º ano Todos os ciclos
30 de abril e 2 de maio Feira das Plantas Comunidade Educativa
13 de maio Procissão em honra a Nossa Senhora dinamizada por alunos do 9º ano Todos os ciclos
15 de maio – 18:30 Sessão de Interioridade
“Dia da Família” Pais e Filhos
De 7 de maio a 15 de maio “Do Mercado Tradicional à Panela de ferro”
Atividade com os avós do 1º ciclo 1º ciclo
30 de maio Festa do Perdão 3º ano
A definir Visita a um estudo de gravação 6ºAno
1 de junho 1ª Comunhão 3º ano e famílias
13 de junho Festa de fim de ano Comunidade Educativa
20 e 21 de junho Acantonamento 4º ano
27 de junho Baile de finalistas 9º e famílias
30 de junho a 4 de julho Viagem de finalistas 9º ano e antigos alunos
1 a 26 de julho CICRadical 1º, 2º e 3º ciclos
O Colégio da Imaculada Conceição é, desde as suas origens, uma Instituição da Congregação das Irmãs de Santa Doroteia, fundada por Santa Paula Frassinetti, em agosto de 1834.
É uma Instituição com um passado histórico de mais de nove décadas, ao serviço da educação, constituída por uma grande família, cujo objetivo fundamental é a formação integral das crianças e dos jovens que dela fazem parte, procurando conjugar as capacidades e os esforços de todos os elementos que a integram e comprometendo cada um de forma partilhada, nesta missão de educar formando, onde cada profissional se pauta pela máxima do bom desempenho em todas as tarefas educativas que lhe são confiadas.
O Colégio da Imaculada Conceição surge em Viseu na sequência do regresso das Irmãs Doroteias a Portugal, depois da expulsão das congregações religiosas durante a Implementação da I República.
Assim, após a implementação da República, a Congregação das Irmãs Doroteias foi expulsa de Portugal, tendo-se fixado por diversas da Europa e do Brasil. A maior parte das Irmãs fixou-se em Espanha. Tuy, pequena cidade fronteiriça, situada na Galiza, passou a ser uma espécie de Quartel General avançado para daí coordenar as “incursões” que, paulatinamente, se iam fazendo com vista ao retorno. Os sucessivos governos e a instabilidade política e social, iam tornando cada vez mais permeável o terreno para a reinstalação em Portugal.
Em 1923, o Rvmo Bispo de Viseu, D. Alves Monteiro, escreve para Tuy e manifesta veemente desejo de abrir em Viseu “uma Escola de Educação”. A resposta é, porém, negativa. Havia falta de Irmãs.
Movem-se influências, a cidade mobiliza-se, um sacerdote, conhecedor da meritória obra das Doroteias, intercede. Em vão. Não tinha ainda chegado a hora!
No dia 20 de outubro de 1923, uma jovem, Maria da Graça Cabral Cavaleiro, moradora na Rua do Arvoredo, n.º 9, escreve à Reverenda Madre Superiora, uma “demolidora” que a seguir se transcreve:
Exma Senhora,
Tomo a liberdade de escrever a V. Ex.ª pedindo-lhe, juntamente com o Sr. Bispo, que também escreve hoje, e com a cidade inteira o sacrifício de virem para Viseu.
Têm aqui, parece-me todas as vantagens, se não são todas, é porque desconhecemos as que haverá mais. Falta de gente não será motivo para dizer não. Há cá tanta gente de boa vontade, que deseja tanto ajudá-las!... Três destas, com auxílio de Jesus, serão muito em breve, suas futuras filhas.
Perdoe-me, pelo amor de Deus, minha boa Senhora, o que vou dizer:
Se tirasse uma Senhora de cada Colégio, para vir para aqui, já teria as seis que são indispensáveis. Uma só não faria muita falta, e aqui, vinha fazer um bem incalculável. Se o Nosso Senhor a chamasse para o Céu, também tinham de passar sem ela.
Nosso Senhor quer, nesta terra, gente que faça bem. Que pena tenho se não vêm! Toda a gente conta com V.Ex.ª. Muitas raparigas andam a fazer uma novena à Venerável Madre Paula, por esta intenção.
Esperando que V. Ex.ª não nos dê uma resposta negativa, fico Aos pés de Jesus implorando esta grande graça, a que é
De V. Ex.ª
Muito dedicada em Jesus Cristo
Maria da Graça Cabral Cavaleiro
Impossível resistir a tão fortes argumentos…
Um ano depois, no dia 28 de outubro de 1924, às 2 horas e 30 minutos, chegam à Estação de Caminho de Ferro de Viseu, as primeiras Irmãs, que são encaminhadas para as instalações do Colégio que funcionaria no solar do Senhor Visconde do Banho, hoje o belo e recuperado edifício da Misericórdia de Viseu, onde há alguns anos, deixou de funcionar o Grande Colégio Português.
Apesar de muitas dificuldades, sempre corajosamente vencidas, o Colégio começou a crescer e urgia mudar de instalações.
Em 1928, o Colégio adquiriu um chalet situado na Quinta de Santo António, uma casa longe do bulício, na época, que acolheria as Irmãs Doroteias e as suas já numerosas alunas. Várias foram as transformações sofridas ao longo destes anos, no intuito de acompanhar
E hoje?
Sob o signo inspirador das palavras de Santa Paula Frassinetti, Educar bem é transformar o mundo e conduzi-lo à verdadeira vida, procuramos continuar a dar respostas à pergunta que norteia a nossa ação: que resposta, hodierna, o Colégio da Imaculada Conceição pode dar à Comunidade Viseense?
Esta atitude de inquietação, de reflexão e de autoanálise sobre o tempo presente, leva-nos a implementar e a renovar mais-valias, na oferta educativa do Colégio da Imaculada Conceição, sendo que o nosso grande desejo/desafio é assumir o tempo presente como um tempo favorável, projetado no futuro que se avizinha, numa constante renovação.
É nossa convicção que a nossa oferta educativa possa ser geradora de um renovado compromisso com a Educação na Cidade Viseu, à qual, o nosso Colégio se orgulha de pertencer. Temos a certeza de que toda a Comunidade Educativa, pelo seu modo de ser e estar, é, por si só, a confirmação das palavras de Santa Paula: educar bem é transformar o mundo… Por isso, é nosso desejo que o nosso Colégio continue a ser uma Escola de Referência e de Excelência; que ajude a que esta parcela do mundo, onde todos nos encontramos, seja cada vez mais rica em humanidade, em cultura e em sabedoria.
Hoje afirmamos, ainda com mais força, que as palavras-chave que orientam a nossa forma de estar e educar são sem dúvida: Tradição, Inovação e Audácia.
Tradição, porque mostra donde vimos, onde assentámos as nossas raízes e como desejamos que a “árvore” cresça e se desenvolva. Temos as nossas raízes assentes nas Palavras do Mestre Jesus e na Pedagogia de Paula Frassinetti, que nos ensinam, em cada dia, a sua forma de amar e educar “pela via do coração e do amor com firmeza e suavidade”.
Inovação, porque estamos em constante procura do saber, porque decidimos estar sempre alerta do que mais ajuda, neste nosso tempo, à formação integral do aluno quer no campo cultural quer no campo científico quer no campo das artes quer em humanidade e solidariedade quer no campo afetivo e emocional quer ainda no campo da formação religiosa. Estamos convencidos de que esta é sem dúvida uma grande ajuda para a formação da pessoa na sua totalidade.
Audácia, porque, tal como o farol, símbolo tão querido a Santa Paula, aponta sempre para o mais longe, para o mais ao largo, para o mais além, sem medo dos desafios, sem medo de arriscar, também está, nas nossas mãos, a missão pedagógica do futuro da sociedade, do mundo e da Igreja.
A 3 de Março de 1809, no próprio dia do seu nascimento, Paula Frassinetti torna-se filha de Deus, recebendo o Batismo na Paróquia de Santo Estévão, em Génova sua cidade natal.
Precedida de dois irmãos, José e Francisco, a infância de Paula decorre tranquilamente na casa paterna; outros dois irmãos, João e Rafael, virão completar a alegria da família. Ângela, sua mãe, é para ela o mais vivo exemplo de virtude, e a pequena vai-se abrindo à graça divina que nela opera maravilhas segundo o plano de Deus. Mas a boa mãe não chega a ver os desígnios do Senhor sobre a sua querida filha - morre, deixando Paula, ainda de tenra idade, e já a ter de se ocupar dos cuidados da casa. São dias de abatimento e de dor... Paula tem apenas nove anos!
A nada se poupa, e o amor pelo pai, João Baptista, e pelos irmãos leva-a a delicadas atenções que lhe exigem não poucas renúncias e sacrifícios.
A sua primeira Comunhão e o sacerdócio do irmão José são momentos de profunda reflexão para Paula, que já sente no coração os apelos de Deus.
Em família, aprende a ler e a escrever e recebe as bases da sua formação.
O irmão José, já adiantado nos estudos de Teologia, fala-lhe das coisas de Deus, e Paula escuta e acolhe a mensagem, guardando-a no seu coração. Toma consciência do chamamento a seguir mais de perto o Senhor e nela ressoam profundamente as palavras do Mestre: " Quem ama o pai e a mãe mais do que a Mim não é digno de Mim ". Mas... há sempre um mas! O pai não se entusiasma com a ideia: como passar sem a sua Paulinha? E Paula vê-se obrigada a silenciar a sua aspiração, aguardando a hora de Deus. E ela chega!
O desgastante ritmo de vida foi progressivamente consumindo as suas forças. Aos dezanove anos, perante o cansaço físico tão manifesto, o irmão D. José, pároco de uma aldeia da Ligúria, convida-a a passar ali algum tempo. Os ares puros de Quinto são uma boa terapia para a sua saúde delicada. A vida da Paróquia é um bom treino para ela que, a pouco e pouco, com a sua cordial afabilidade atrai as jovens daquela aldeia. Todos os domingos vão para os bosques falar de Deus. Esses encontros tornam-se frequentes, e o diálogo alarga-se a outras jovens. Paula revela-lhes o segredo duma vida toda dedicada ao Senhor e descobre os seus dotes e a sua vocação de educadora.
A sua volta, forma-se um grupo empenhado que vive em comunhão de amor. No seu espírito torna-se clara a ideia de um novo Instituto: abre-se com o irmão José.
Bem depressa, apesar dos obstáculos e dos sofrimentos, o ideal será uma realidade. São seis as companheiras que conseguem superar os primeiros momentos de tanta dificuldade. Paula mostra-se decidida. A sua obra inicia-se sob o signo da cruz, aquela cruz que ela amara durante toda a vida e a fará exclamar: "Quem mais se sacrifica mais ama”!
Assim, a 12 de Agosto de 1834, no santuário de S. Martinho de Albaro, sete jovens consagram a Deus a sua vida. A Missa é celebrada pelo seu irmão Padre José, que as preparara para aquele passo tão importante. Sentem-se felizes: é o colocar da primeira pedra do Instituto, o iniciar da vida em comunidade, ancoradas na única riqueza - Jesus Cristo. Na verdade, nada têm, na pobreza da casinha de Quinto, que escolheram como a sua primeira morada.
Abrem uma escola para as crianças mais pobres; por isso, tem de trabalhar, mesmo de noite, para conseguirem sustentar-se. O entusiasmo, que nunca lhes falta, é o segredo do êxito da escola. Mas os caminhos do Senhor não são os nossos caminhos: os sofrimentos são, para Paula, a manifestação da Vontade de Deus. Grassa a cólera em Génova, e as suas filhas estão na brecha para a todos levar auxílio e conforto.
Em 1835, um sacerdote de Bérgamo - D. Lucas Passi, amigo do Padre José Frassinetti -, conhecendo o zelo apostólico de Paula, propõe-lhe que o seu Instituto assuma a Pia Obra de Santa Doroteia, que ele fundara com a finalidade de atingir, no próprio ambiente de trabalho e de vida, as jovens mais pobres e necessitadas.
Paula descobre, na originalidade dessa obra, a sua própria linha educativa e a dimensão apostólica da sua consagração, e não hesita em incluí-la entre as atividades do seu Instituto. As suas Irmãs já não se chamarão " Filhas da Santa Fé ", mas sim " Irmãs de Santa Doroteia ".
É um momento importante na vida daquela primeira comunidade, que vê concretizar-se a inspiração inicial: " Estar plenamente disponíveis nas mãos de Deus para evangelizar através da educação, com preferência pelos jovens e pelos mais pobres ".
Outras casas se fundam em Génova. Depois, é a vez do centro da cristandade: a 19 de maio de 1841, apenas sete anos depois da fundação, Paula chega a Roma, em companhia de duas noviças. Também aqui surgem dificuldades. A primeira casa, sobre uma estrebaria no beco dos Santos Apóstolos, compõe-se apenas de dois pequenos compartimentos. Paula tudo aceita.
Uma grande recompensa a espera: é recebida pelo Papa Gregório XVI, que mostra grande satisfação pelo trabalho das Irmãs. A Fundadora sente-se feliz: foi o Senhor que lhe falou. Cresce a dureza da vida, crescem os sofrimentos: pobreza e doenças oprimem aquelas heroicas Irmãs que não têm sequer um tostão para os medicamentos.
Em 1844, o Papa confia a Paula a direção do " Conservatório " de Santa Maria do Refúgio, em Santo Onofre. Com a sua caridade e suavidade, imprime ao ambiente um novo cunho e uma mudança decisiva para o futuro da instituição. Pela sua presença, a Casa de Santo Onofre torna-se a Casa Geral.
Em 1846, mais do que um pensamento político, difunde-se em toda a Itália um espírito antirreligioso. Em Génova, também as Doroteias são perseguidas. As filhas de Paula vivem horas de forte sofrimento.
A tempestade também se abate sobre Roma: Pio IX, sucessor de Gregório XVI, vê-se obrigado a refugiar-se em Gaeta. Cardeais, Bispos e Prelados afastam-se da capital. Paula fica sozinha à frente de uma numerosa comunidade, e com uma fé intrépida supera esses dramáticos momentos.
Acalma-se a tempestade. Estamos em 1850. Paula obtém a desejada audiência de Pio IX, que é para ela como um pai. Movida por um grande amor ao Papa e à Igreja, dirige-se a Gaeta, renovando assim o gesto de Santa Catarina de Sena. Inicia-se a última etapa da vida da Fundadora, que podemos considerar o período da grande expansão do Instituto, que não só se consolida na Ligúria e nos Estados Pontifícios, como se estende no resto da Itália o no mundo. De facto, surgem em Roma vários centros educativos, e Paula inicia as negociações para a abertura de uma casa em Nápoles, um internato em Bolonha e um orfanato em Recanati.
Em 1866, as suas primeiras missionárias partem para o Brasil. No mesmo ano, um outro campo prometedor: Portugal. Paula anima as suas filhas: "O Senhor as encha do Seu Espírito e as converta em outras tantas chamas ardentes que, onde tocarem, acendam o fogo do Amor de Deus".
As dificuldades nunca detêm os Santos no seu caminho. Paula é mulher de grande fé: "O Senhor quer-nos apoiadas somente n'Ele, e se tivéssemos um pouco mais de fé, estaríamos bem mais tranquilas, mesmo no meio das tribulações ".
Vive o completo abandono à Vontade de Deus, "única pérola que devemos procurar" - escreve - e que constitui o seu paraíso: "Vontade de Deus, és o meu Paraíso".
Em 1878, morre Pio IX, o Papa que, nos seus numerosos encontros com a Fundadora, teve sempre palavras de estima e de encorajamento com relação à sua obra apostólica.
Paula sente que a sua laboriosa existência terrena está prestes a chegar ao fim. São as primeiras horas do dia 11 de junho de 1882: está serena. A sua morte, calma e tranquila, deixa entrever a riqueza da sua vida. Invoca a Virgem Santíssima a quem sempre tanto amou: "Senhora minha, lembrai-Vos de que sou Vossa filha".
8 de junho de 1930: Paula é beatificada!
11 de março de 1984: hoje, os sinos de S. Pedro repicam festivamente para anunciar que Paula é Santa!
O hino jubiloso chega aos confins do mundo, onde as Doroteias trabalham para a glória de Deus e a dilatarão do seu Reino: Europa - Espanha, Inglaterra, Itália, Malta, Portugal, Suíça; América do Norte - Estados Unidos; América Latina - Brasil, Peru;
África - Angola, Moçambique; Ásia - Taiwan.
E Paula "permanece viva na Congregação pelo espírito mais fundo que a anima: procurar em tudo a maior glória de Deus pelo maior serviço aos homens". (Constituições, 1).
(Fonte: www.vatican.va/phome_po.htm )
Portugal foi a quarta província a receber as Irmãs Doroteias e tem um particular interesse a sua história.
Em junho de 1866, três religiosas, acompanhados pelo Padre Montebruno, partiram de Génova a 4 de junho acompanhadas da bênção da fundadora, Paula Frassinetti, e das restantes Irmãs. No dia 10 de junho, o pequeno grupo chega a Madrid e descobre que não há de facto ainda caminho-de-ferro entre as duas capitais peninsulares. Não encontraram diligência, pelo que tiveram que alugar um carro muito incómodo no qual erraram pela Serra Morena, durante três dias, com um cocheiro sempre embriagado e a praguejar. Foram três dias vividos no medo dos precipícios, no silêncio angustiante de expectativa, entrecortado apenas por uma leitura espiritual, pela oração que o Padre Montebruno lhes ia fazendo ou pela invocação do auxílio divino nos troços mais perigosos.
Chegaram a Lisboa a 16 de junho de 1866 e, no dia 5 de julho seguinte, no mistério da noite, nascia pobremente o Colégio de Quelhas e com ele a Província Portuguesa das Irmãs de Santa Doroteia. «No silêncio da noite do dia 5 de julho de 1866, numa quinta-feira simples, sem título que a recomendasse, as três fundadoras, discretamente, entraram na sua casa. Começava a aventura de uma empresa que as ultrapassava: eram as portadoras de uma chama que iria atear um incêndio de dimensões imensas. No silêncio, como a semente que germina e será árvore; no segredo, como dormem as fontes ignoradas que um dia acordarão em torrentes» (Irmã Maria do Céu Nogueira, História da Província Portuguesa das Irmãs de Santa Doroteia 1866 – 1910. Linhó, 1967); na esperança de serem dom e fachos ardentes… 154 anos de presença em Portugal, presença marcada por histórias de fé e de coragem, de esperança e de audácia, de amor e de entrega, de vida e de cruz, de dom heroico e generoso de si.
Os primeiros tempos foram muito difíceis, mas a profunda fé das Irmãs e o abandono em Deus foram dando, pouco a pouco, os seus frutos. A casa de Lisboa torna-se o centro de muitas atividades: Congregação das Filhas de Maria, exercícios espirituais… O Colégio cresce regado pelo zelo e abnegação, e é reconhecido pela cidade e pelas famílias que confiam as suas filhas às Irmãs Doroteias. Em 1882, morre Paula Frassinetti, que deixa cinco casas do Instituto em Portugal: Lisboa, Covilhã, Porto, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia. A expansão continuou e em 1896 as Irmãs abrem colégios em Évora, Sintra, Póvoa de Varzim, Guarda, Ovar, Vila Real e Guimarães. Além dos Colégios, as Irmãs eram uma presença educativa em orfanatos, escolas gratuitas para os filhos de famílias mais pobres e em recreatórios, onde as crianças eram acolhidas nos Tempos livres. Fundaram, ainda a Pia Obra de Santa Doroteia, apostolado em colaboração com os leigos, que integrava Senhoras de diferentes classes sociais, sendo a própria Rainha Pia a presidente desta obra.
Toda esta atividade cessou na época da revolução de 5 de outubro de 1910.
Em 1910, por Decreto de 8 de outubro, foram extintas a Companhia de Jesus e as demais companhias, congregações religiosas, conventos, colégios, associações, missões ou outras casas de religiosos passando os seus bens, móveis e imóveis, para a posse do Estado.
“Em terras de Santa Maria soprou rijo o vendaval da perseguição religiosa em 1910. E foi a dispersão. Condenadas ao exílio, as Irmãs não foram, porém, condenadas à morte. Ardia-lhes no peito o fogo sagrado da fé e na alma a vida abundante da graça… Se Deus é por nós, quem poderá prevalecer contra nós? Com a força de Deus, que sustentou as nossas Irmãs na dolorosa travessia da dispersão, com a inestimável colaboração de várias Irmãs, a ajuda de muitas famílias e pessoas amigas e com a coragem e a tenacidade da Madre Maria Augusta Alves, então Provincial, as 252 Religiosas Doroteias da Província Portuguesa foram postas a salvo.” (Irmã Maria do Céu Nogueira, História da Província Portuguesa das Irmãs de Santa Doroteia 1866 – 1910. Linhó, 1967);
Aonde ir? Onde pudessem continuar a gastar as suas forças em favor do próximo, em particular da juventude… onde conseguissem a autorização do Bispo da Diocese… Onde encontrassem um teto que as abrigasse… Da morte renasce a vida, e as nossas Irmãs puderam dar “novos mundos” à Congregação, levando o carisma de Santa Paula… assegurando à congregação uma expansão nunca antes imaginada… Estabeleceram-se em Tuy, Espanha… Atravessando o Atlântico, uma comunidade fixou-se no Brasil em Pouso Alegre… Mais a Norte seria a vez dos Estados Unidos, três comunidades: Providence; New York e Reading… No Ocidente europeu, Bélgica e Suíça beneficiarão deste êxodo das doroteias… Em Lucerne é reeditado o Colégio Jesus Maria e José… o noviciado, rapidamente recuperado as noviças e postulantes, viria a restabelecer-se em Inglaterra.
Todavia, a Madre Alves não esquecia que era Provincial da Província Portuguesa e… era preciso regressar à Pátria. Neste olhar atento, pôde a Madre Alves vislumbrar uma hipótese de regresso na vigência de Sidónio Pais.
E a 29 de novembro de 1918 reabre o Colégio da Póvoa do Varzim, primeira casa que Madre Alves visitou depois da expulsão.
Entre 1918 e 1934, as fronteiras da terra que rejeitara as Irmãs Doroteias abriram-se de novo à sua ação: Lisboa, Sintra, Porto, Vila do Conde, Gaia com a reabertura do Colégio do Sardão, Évora, Viseu com a abertura do Colégio da Imaculada Conceição, Covilhã, Lisboa, Figueira da Foz, Beja e Castelo Branco... As Irmãs regressam com alegria com a promessa de novas sementeiras… e foram muitas… em Portugal… Angola… Moçambique… Entretanto, as comunidades fundadas na dispersão continuaram o seu percurso… por vários continentes… América, África e Europa, e cada uma das fundações da diáspora seguiram o seu próprio caminho… No rasto da diáspora, a mensagem de Santa Paula Frassinetti ficara presente em oito países, dispersos por três continentes!
Carisma e Missão da congregação das Irmãs Doroteias - A Congregação das Irmãs de Santa Doroteia é chamada a continuar a missão de Jesus Cristo no mundo, e o espírito que a anima é procurar sempre e em tudo a maior glória de Deus pelo maior serviço aos homens. A sua participação na missão de Jesus Cristo concretiza-se no serviço ao crescimento integral do homem através da Educação Evangelizadora com preferência pela juventude e pelos mais pobres promovendo, em fidelidade às orientações da Igreja, a justiça e a fraternidade universal. Para a Congregação, educar significa deixar-se possuir pela pedagogia do Evangelho que leva o homem a descobrir-se amado por Deus, a acreditar nesse amor e a crescer como pessoa até à plenitude da maturidade em Cristo. As Irmãs vivem em Comunidade a sua entrega radical ao serviço do Reino. O amor de Jesus Cristo é o sentido e a força da sua vida em comunhão que, na Igreja e como Igreja, quer ser sinal e serviço para a transformação do mundo na grande família de Deus.
Missão
A missão do Colégio da Imaculada Conceição é proporcionar uma formação integral a cada aluno que possibilite desenvolver a sua personalidade, a par de um harmonioso desenvolvimento físico, intelectual, afetivo, relacional, moral e espiritual. Esta missão alicerça-se em aprendizagens fundamentais como aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser, responsabilizando o aluno para, progressivamente, assumir a sua formação, incutindo hábitos que estimulem a criatividade e a adaptabilidade a um mundo e a uma sociedade em constante mudança.
Neste processo, o Colégio valoriza o papel da família, reconhecendo a sua importância primordial e fundamental na educação.
Privilegiam-se práticas educativas consentâneas com a missão da escola, numa atitude de colaboração colegial, onde a inclusão, o aprofundamento reflexivo e a mobilização de estratégias pedagógicas dinâmicas e inovadoras promovem o desenvolvimento pleno das capacidades de cada aluno.
Visão
A visão do Colégio da Imaculada Conceição é, em colaboração com a família, formar para um mundo em constante renovação, em busca de um bem maior, tendo como horizonte a formação global do aluno, enquanto cidadão consciente e crítico, capaz de participar livre e responsavelmente na (re)construção de uma sociedade onde os valores da paz, justiça, amizade, solidariedade, humildade, fé, respeito pelo outro e pela natureza, partilha, simplicidade, tolerância e honestidade, audácia e felicidade são pedras angulares.
O Colégio da Imaculada Conceição assenta o seu Projeto Educativo nos valores cristãos e nos ideais pedagógicos de Santa Paula Frassinetti; pretende-se que cada aluno se desenvolva de forma consistente e harmoniosa, segundo os valores do Evangelho, imbuído pelo espírito de serviço para ser agente de transformação na sociedade onde se insere.
Para nós, “educar bem é transformar o Mundo…”.
Valores
Verdade e integridade - Liberdade e responsabilidade - Competência e criatividade - Autonomia e sentido crítico - Esforço e dedicação - Justiça e respeito pela dignidade do outro Amizade e interajuda - Solidariedade e serviço - Acolhimento e diálogo - Espírito de família - Reconhecimento e gratidão - Alegria e fé
A Freguesia de Viseu editou o livro “Ainda bem que aconteceu”, da autoria da professora Paula Cristina dos Santos Martins, Diretora Pedagógica do Colégio da Imaculada Conceição. A apresentação pública da obra foi a 19 de dezembro, segunda-feira, pelas 18H30, no Colégio.
O livro nasceu de um convite da Junta de Freguesia de Viseu, com o intuito de dar a conhecer à Comunidade Viseense a peça de teatro que ganhou o prémio “Osório Mateus”, no âmbito do 21º Festival de Teatro, promovido pela Câmara Municipal de Viseu. A interpretação da peça coube ao grupo de teatro Hipérbole, do Colégio, distinguindo-se pela representação notável da mesma.
A peça “Ainda bem que aconteceu” conta-nos uma história feita de muitas histórias. Toda a peça é passada numa mesma loja, uma loja de antiguidades, visitada por clientes e moradores do bairro das três fontes, tão diferentes que nada parecem ter em comum. A peça mostra a relação entre os moradores do bairro e os clientes, os segredos descobertos e encobertos, problemas e dilemas enfrentados num rodopio de aventuras e bisbilhotices onde, felizmente, tudo acabará bem!
É com muito gosto que comunicamos que as receitas da venda do livro reverterão integralmente a favor da Missão das Irmãs Doroteias nas Filipinas, cuja finalidade é o desenvolvimento integral da Pessoa humana. As Irmãs abriram um lar com o objetivo de proporcionar às crianças que vivem na rua, sem condições de higiene e alimentar, um abrigo, onde podem crescer com dignidade.
Um Santo e Feliz Natal!
A Freguesia de Viseu editou o livro “No Natal, a Estrela Brilha”, da autoria da professora Paula Cristina dos Santos Martins, Diretora Pedagógica do Colégio da Imaculada Conceição.
O objetivo principal deste lançamento visa dar a conhecer à Comunidade Viseense as peças de teatro que a mesma tem escrito, com vista a serem teatralizadas na Festa de Natal do Colégio.
Ao folhearmos estas páginas, encontramos seis peças, onde aventura e diversão se entrelaçam com a alegria e a esperança. Efetivamente, em cada história há o encanto e a magia que reinam nos sonhos de muitas crianças, ensinando-as e predispondo-as para receberem, de forma didática, a verdadeira mensagem espiritual do Advento.
Ao dar resposta a esta iniciativa, lançada pela Junta de Freguesia de Viseu, a autora deste livro quis, assim, dar um testemunho de fraternidade para o Natal de 2020 que se impõe, mais do que nunca, pelo apelo urgente dessa busca essencial do verdadeiro âmago do espírito Natalício, onde imperaram os caminhos que nos guiam a lugares de sonho, sob o olhar vigilante daquela amiga sempre presente, a nossa Estrela de Belém.
As receitas da venda do livro reverterão integralmente a favor do CAT (Centro de Acolhimento Temporário da Misericórdia). O livro pode ser encontrado na Junta de Freguesia de Viseu e na Secretaria do Colégio da Imaculada Conceição, tendo o custo unitário de 10 euros.